quinta-feira, março 31, 2005

lugar do título

lugar do início do texto
lugar da apresentação do conflito
lugar do enredo
lugar da solução do conflito



.lugar do nome do autor.

quarta-feira, março 30, 2005

história? ou cinema de trechos de filmes?

Interessante é ver como tudo que te envolve quando tu caminha ás onzedanoite parece ser um bandido a tua espera.
Desde as folhas que correm com o vento pelo cimento das calçadas, até o som que vaza dos bueiros de água gemendo pela tubulação.
O que será que pode fazer um guardinha com um apito e uma bicicleta?



.por rodrigo, cansado e tem trabalho pra amanhã.

terça-feira, março 29, 2005

rápido, não se vê as coisas acontecerem, ou chegarem

A porta tocou
E a campainha bateu
Eu tava no banho
Molhado, não fui atender
Sabe, shampoo no cabelo
Corpo nu e toalha longe
E, além do mais, não quero comprar nada.

Os olhos no espelho
Lavo a língua e salvo os dentes de eventuais cáries
Passo um pente relapso pelo cabelo ralo

Calço o sapato e coloco as meias
Ajeito, desajeitado, a camisa pela calça clara

Janto um pão puro e um café preto ás oitodamanhã

Saio pra rua pra ir pro trabalho
Pasta na mesma mão que tem o relógio no pulso
Passo rápido pensando no salário e nas mensalidades da tv
Sinto todos os assuntos que me tocam
Com um sabor do seu pescoçoveneno
Pequeno defeito ter esse vício de você

Sinal vermelho sem sentido se não se vê
Quando se vaga de cabeçanãovazia pelas calçadas
Cruzando carros encostados nas meninas armadas de calcinhas
Pelas esquinas, dentistas, farmácias, fantasias e pessoas


Caio rasgando o joelho no asfalto
Logo que o carro apressado como eu
Ri com seus olhos desdentados
Meu destino de hora da estrela
Sem árvore, filho ou livro pra me contar num eraumavez
Infinito que só os bons livros conseguem ter



.por rodrigo, mais que sobrevida, sobretudo no frio.

segunda-feira, março 28, 2005

ser ou não ser

minha tia me mandou um e-mail perguntando a respeito das maiúsculas. ou das minúsculas, no caso. eu não sei bem qual e a explicação, se é que existe alguma. me parece algum efeito pós-moderno, uma maneira de escrever mais rápido ou algum valor estético. para mim, sempre foi um valor estético, acho mais bonito as letras assim, na mesma altura com algumas pontas caindo ou subindo. gosto do l que vai lá em cima e do p que desce e o g que desce fazendo uma voltinha. mas não me agrada um A assim tão grande, querendo aparecer mais que as outras letras. o estranho de tudo isso mesmo é que no papel é diferente, se é pra imprimir, eu quero maiúsculas, pontos, margem de dois dedos e parágrafo novo. mas no computador, minúsculas em blocos monolíticos. não sei. até me balancei na minha convicção ao ler o e-mail da tia, então faço a enquete: os leitores aqui, preferem com maiúsculas ou só minúsculas?

.julia.

troca-se honestidade intelectual por um salgado do bar

pelo menos três pessoas me disseram que depois de todo trabalho pra fazer sociologia, só faltava a aula não ser boa. pois olha, nem vou dizer que não é boa, porque ainda não deu pra julgar. na primeira semana não teve aula. no que seria a terceira aula (que foi a primeira) a professora apareceu, disse seu nome, deu as datas das provas e disse que quem já fez sociologia da comunicação não vai ver nada novo. ah, tá, que bom saber que não estou perdendo meu tempo aqui. na terceira aula ela falou do capítulo de um livro. hoje ela não vai de novo, nos liberou para uma palestra na arquitetura (na arquitetura!). só quero ver o que me aguarda quarta-feira.

redação jornalística de tv também nem pensar. nos dizem que estão contratando um cara excelente, concursado, experiente, muito bom mesmo que até fez concurso público, pra vocês verem! desculpe, mas e isso não era, por acaso, o mínimo?

parece que a aula de psicologia agora é ministrada por três mestrandos da professora titular. eu não conheço os meandros do sistema público de educação, mas me parece razoável dizer que é uma pura e simples sacanagem colocar um trio não preparado e não competente pra dar aula. semestre passado eram duas mestrandas que atrapalhavam uma a outra mais do que os alunos seriam capazes de fazer.

e a gente sempre reclamou dos professores de fora, o que é fato: os departamentos de economia, política, matemática e qualquer outro sempre mandam os piores professores pra comunicação. mas é preciso dizer que os do nosso departamento também se esforçam. esse semestre, por exemplo, me foi dado de presente, na bandeja, quatro créditos sem que eu precise fazer o menor esforço. bom, na realidade, um mínimo de esforço, tenho que entregar um trabalhinho no fim do semestre.

e aí eu lembro do assis brasil que pela honestidade intelectual (aquela lá do título) nos deu uma aula a mais no semestre, isso porque a primeira teve metade do tempo previsto. e aí eu lembro do gabriel que dava física no bom conselho, que foi o primeiro professor a me falar em honestidade intelectual, termo que eu nunca tinha pensado antes e que a fabico não teria ensinado mesmo.

.julia.

terça-feira, março 22, 2005

andam falando de mim

que estou sumida, que hoje estava mais blasé que o normal, que eu estava distante, um amigo disse que estávamos nos tornando meros conhecidos.
olha, eu não sei, então pergunto aos amigos leitores: por onde eu tenho andado?

.julia.

universidade pública e gratuita

para pedir uma vaga na cadeira de introdução à sociologoia eu tinha que ir no vale. quarta-feira, no último dia de correção de matrícula eu pego o t8 e atravesso a cidade, rezando para que o departamento de sociologia esteja aberto (passo arriscado um, sempre que a gente vai no vale na esperança que dê certo, a viajem mostra-se inútil). chego lá e, de fato, o departamento só abria a uma da tarde, eu tenho que sair de lá às dez da manhã no máximo. falo com o cara da recepção e ele me diz que na sala 109 uma mulher de nome-que-não-entendi vai resolver o meu problema (passo arriscado dois: se alguém garante que vai resolver teu problema, não há dúvidas, estás em apuros). chegando na sala 109 a mulher de nome-que-não-entendi-era-algo-como-ilka pergunta de cara
- que cadeira tu quer?
- introdução à sociologia A.
ela procura numa folha e me diz
- a aula é só às dezoito e trinta no prédio da psicologia.
- oi?
- tu tá no horário errado, é só as dezoito e trinta.
sim, gênio, eu sei. explico:
- eu quero cursar a cadeira e não descobrir a sala.
- ah, isso eu não sei, acho.... que....tem que pedir correção de matrícula. é.
sim, é o que eu estou tentando fazer. continuo:
- eu tenho aqui essa folhinha com meus dados e os dados da disciplina e preciso que o departamento de sociologia carimbe e assine.
(passo arriscado três, se tu tem que explicar para alguém que deveria saber como se faz as coisas, 100% de chance que essa pessoa não vai entender mesmo). ela fica alguns segundos me olhando, faz alguns ruídos com a garganta.
- mas o departamento de sociologia está fechado.
eu suspiro (passo arriscado quatro, se alguém só te diz o que tu já sabia, é perda de tempo). eu pergunto se ninguém do departamento está pelo prédio ou pelo campus. é mania de fabicano, na fabico a gente tem mais chance de encontrar alguém no térreo que na sua sala. a mulher de nome-que-não-entendi diz:
- não, mas pode deixar o pedido comigo que eu entrego.
me surpreendo com a prestatividade e digo
- ok, mas o problema é que eu não posso vir buscar, pode ser outra pessoa?
(passo arriscado cinco, um pedido simples, se estiver meio milímetro fora do protocolo, vai arruinar tudo).
- ihhhhh, tu vai ter que deixar uma autorização com o nome de quem vem buscar.
- hmn, entendo. - ignoro a recomendação, ah, faça-me o favor.
entrego o papel e agradeço. uma professora entra na sala e barra a passagem da porta. eu tenho que esperar ela sair para poder passar e no meio tempo consigo flagrar a mulher de nome-que-não-entendi largar minha folha em cima da mesa. entendi porque ela tinha se oferecido para entregar para o departamento. saio dali e encontro, no bar do antônio, o namorado, que matou aula pra me encontrar. explico a situação e peço que ele busque a minha autorização já que ele tem aula no vale de tarde. depois ele me encontraria na fabico de tardezinha.
então, à tarde, eu estava no jornal, moça trabalhadora que hoje sou, e percebo que na melhor das hipóteses eu vou chegar na fabico minutos antes das sete (passo arriscado seis, o prazo final é sete horas). corro até o ônibus, o motorista do t6 me espera subir, desço no planetário e três maconheiros fazem a paisagem da travessia planetário-escola.técninca-bar-fabico. chego em cima da hora e o namorado já me espera, com a folha na mão, carimbada e assinada. subimos ao quinto andar e entrego o papel na mão de alguém da secretaria.
- é só isso?
- só isso, agora eu passo pra enoí e ela dá uma olhada
(passo arriscado sete, se a enoí vai dar uma olhada, podes prever complicações acadêmicas em breve futuro). aí quinta eu entro no portal do aluno e abro meu comprovante de matrícula. lá está: introdução à sociologia A. olho de novo. confiro a turma, o horário, o local. constato incrédula: deu certo. deu certo? deu certo.

.julia. introduzida na sociologia.A.

segunda-feira, março 21, 2005

nóis na tela à óleo, mano

http://www.portoalegre.rs.gov.br/noticias/Default.asp?proj=81&secao=371&m1=28415

últimos dias pra conferir a exposição da pequena Júlia Guimarães.


.por rodrigo.

0,1%

Esse silêncio desse serviço burocrático onde todos abaixam suas cabeças e olham as teclas que catam como cada mísero centavo de seus salários me irrita.
Esse jovem gentil que passa com essa cara de fome sanada oferecendo ajuda como se fosse sincero.
Essa gente que fala cidadões e massa de manobra ao mesmo tempo, como quem mistura arroz e feijão e tira espinhas do galeto.
Essa gente que passa de um lado pro outro muito atarefados com celulares em punhos e sorrisos abafados mentindo pra todos que trabalham feito todos os que os vêem passar.
Esse crachá dependurado no pescoço e atravessando o peito dos papeis que estão sendo carregados de uma sala pra outro carimbo.
E eu aqui no meu cubículo, de frente pra tela e enxergando tudo que passa pelo reflexo do dia-a-dia que passa nas minhas costas.
Quem me dera não tivesse tempo de pensar e ficar divagando sobre os vagabundos que sentam nas cadeiras que rangem.
Quem me dera ninguém fiscalizar se estou jogando videogame ou pelado jogando outro jogo mais divertido aqui no meu mundo, meu cubículo.
Mas não.
Fico eu e essa tela branca que finjo preencher várias vezes por dia.
Escrevendo e apagando os rituais de como matar os transeuntes e como estuprar as bufantes gordas solitárias que guardam as pastas do setor sete.
Aquelas gordas que adorariam ser estupradas e tem inveja da Renata, que foi estuprada no carnaval de Bombinhas.
Aquelas tamancas arrastadas pelos corredores recolhendo assinaturas que vão direto pro arquivo enunca vão valer mais do que um rabisco, nem como nome os nomes dos políticos servem.
Mas queria pegar uma daquelas gordas, aquelas banhas pra fora da camiseta apertada me dão nojo.
Quem me dera pegar aquelas carnes todas e depois que minha porra jorrasse toda nos seus cabelos lavados a pouco, puxar a faca e tirar apenas os excessos que elas cometeram nas suas símias refeições solitárias.
O café ferve mais uma vez com o dinheiro que devia ser destinado a saúde.
Minha saúde precisa de café, dinheiro bem empregado.
Obrigado também por pagar minhas ligações internacionais e pelo papel higiênico que me limpa depois de cada almoço batatafrita e cerveja.


.por rodrigo, estagiário.

Darwin

algumas frases que acabaram ficando de fora do texto abaixo deram origem a...


Sem sonhos, os santos somem atrás dos homens
Como quando o céu sem cores se esconde atrás das nuvens
As flores sorrindo falsas enquanto o beija-flor toma todo o seu conteúdo, seu interior, seu tudo, as deixando meio grávidas e meio vazias
Mais uma noite mal dormida
Mais uma madrugada silenciosa que me atrai para a superfície
Apenas a tua voz a guiar o meu silêncio
Apenas meu peito desperto batendo e os olhos meio abertos cedendo ao peso do dia que passou
Penso muito nas muitas noites que tenho passado em claro pensando no passado
Durmo com os braços em torno do travesseiro e acordo com o rosto suado
Sinto o desespero de um lobo que perdeu o coelho uqe mais rápido correu por medo de morrer sem ter tido um resquício de sonho


.por rodrigo.

sexta-feira, março 18, 2005

leia ai embaixo!

Gatos serão retirados da Câmara em 30 dias

O presidente do Legislativo Municipal, vereador Elói Guimarães
(PTB), reuniu-se, na manhã desta sexta-feira (18/03), com representantes de ONG's, a coordenadora da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, médica epidemiologista Denise Aerts, e o médico veterinário, responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marcelo Vallandro, e tratou sobre os gatos instalados nas dependências da Câmara.

Na reunião ficou decidido que os animais terão um acompanhamento por
30 dias, recebendo ração adequada, caixas de higiene e castração. A intenção é domesticar os gatos para que os funcionários do CCZ possam fazer a aproximação e a devida remoção. "Vamos adotar técnicas que não agridam os animais", prometeu Denise. As entidades serão responsáveis pelo acompanhamento e fornecimento da comida.

O presidente do Legislativo aceitou a proposta sugerida pelas
representantes das ONG's, mas manteve a decisão na retirada dos animais.
"Após esse período, num esforço conjunto, vamos removê-los de forma
paulatina", disse Elói Guimarães. O vereador, após receber reclamações de funcionários sobre o mau cheiro e infestação de pulgas, decidiu tomar providências. "Volto a dizer que aqui não é local adequado para eles, e a questão já é de saúde pública como tenho dito".

Regina Andrade (reg. prof. 8423)

Fonte: Mailing de Notícias da Câmara.


essa notícia é de verdade.
essa notícia tem um dos melhores títulos que eu já li.


.por rodrigo.

Céu de Baunilha

Eu sonhei que estávamos sentados, lado-a-lado, sozinhos, vendo um riso de criança brincando na beira do lago.
Eu sonhei que o dia estava terminando, mas nada tinha uma cara de fim. Tudo seguia seu rumo como se as coisas fossem assim, coloridos pulsantes e que entram pelas narinas e estufam o estômago. Como se o ar fosse tão denso, que chegasse a ser veneno pro corpo fraco e humano demais para as fantasias.
Poderia matar de desgosto.
Sinto o peso do sonho.
Sinto as penas das pombas quase mortas de fome deslizando pelo vento sem imaginar aonde vão finalmente tocar o chão.
Sinto tua mão zombando da minha.
Teu riso rindo de mim.
Sinto, sozinho, teus lábios passando perto, mas sem tocar os meus.
As nuvens perdem as cores, os risos perdem os sabores.
Sem saída, grito por um resquício de mentira que possa vir me salvar.
Mas a voz não sai. Esse nó prende o som.
Preso em um sonho que já não tem você ou alguém que não seja qualquer.
Pessoas passam zombando. Parece que estou nu, mesmo vestido. Olho assustdo. Calça, camisa e cinto.
A areia levanta e me cega por instantes.
Me empurram para todos os lados.
Quando a areia pára de incomodar e consigo abrir os olhos.
Olha para a parede do meu quarto e o que vejo é o gosto amargo de mais uma noite de verdade.


Mas foi um sonho.
E o que fica nos braços é um vazio de um travesseiro; e, no rosto, o suor do pesadelo.



.por rodrigo.

quarta-feira, março 16, 2005

Novela

Pessoas passam caminhando calmamente pelo ônibus que vaga lento, quase em transe pelo movimento tenso do trânsito que o mau tempo tratou de trazer.
Cabeças encostadas nos vidros que vibram. Dentes trincam e alguns sonhos nascem.
Jornais de um dia que só não acabou por que ainda falta ver a novela. Livros que não são lidos, apenas mordiscados por olhos cansados de letras sem nexo e sem português que chefes e destinatários se encarregam de errar ao escrever.
Estômagos e mentes vazias por mais um dia que virou noite que vira cama e travesseiro sem lençóis pelo calor que os corpos exalam. Quem sabe alguém ainda se sente vivo.
Desse jeito, e sem ruído pra não acordar as crianças, somos cometidos pelo gozo fraco e sem sentido. Quem sabe ao menos assim ela sente meu corpo zunindo dentro do dela. Quem sabe desse jeito, alguém se salve nessa novela sem aviso prévio.
Nos jornais, os capítulos da novela estão acima do horóscopo.
Nas revistas, as meninas tiram a roupa e meninos se sentem mais vivos que seus pais com suas mães.
No espelho, nenhum momento fica registrado como ficam nos meus olhos as escolhas e os atalhos cometidos.


.por rodrigo.

Veja, você, o que a Veja fez com você...

A Veja disse muitas coisas que muitas pessoasacreditaram, e muitas ainda acreditam, outras tantas querem continuar acreditando, outras tantas apenas nem sabem doi que estou falando, outras tantas ainda moram no Chile, algumas poucas conseguem segurar a respiração por mais d 30 segundos debaixo da água.

Mas o fato é que a veja publicou uma história.
sim, História, me nego a chamar aquilo por qualquer alcunha ligada a jornalismo.

Se é verdade, o não, não sei...

Mas me parece tirada de livros da época da cortina deferro, só falta providenciar agora o assassinato dos comunistas que estão no poder.

O texto que a Veja escreveu DE FATO, usa apenas suposições e a palavra “supostamente”.
Usa fatos que ninguém confirma e que eles DIZEM não ter PROVAS.
Verbos usados no modo condicional. Alguém TERIA dito isso, TERIA feito aquilo...
Fontem em Off, ou seja, não afirmam que disse o que, assim, não se pode confirmar as informações passadas.
Acusações firmes e fortes contra o governo federal que não podem ser confirmadas em uma época em que as alianças políticas estão todas ouriçadas pelo troca-troca das pastas de dentes ministeriais.
Enfim, bad journalism.
Mas isso tudo foi o que ME DISSERAM. Por que não, eu não li a matéria.
Mas quis seguir o exemplo deles...
Ver como é que é falar de algo só pelo que eu ouvi falar...
É divertido fazer isso, sabe, xingar assim, nonada, sem ter a mínima idéia do que estou falando...
Enfim, bad bloguismo-opinativo.
Afinal, se eles fazem isso só pra vender revistas, por que eu não posso fazer isso pra adquirir mais leitores.



talvez o texto ai em cima sirva pra você pensar um pouco no que acreditar e no que ler. como saber a verdade? não sei dizer, talvez nos próximos anos de faculdade eu consiga uma resposta, mas até lá, eu tenho mais dúvidas que vocês.
quantos lados tem a verdade?
there is no spon.


.por rodrigo, no serviço de assessoria de imprensa, você vai continuar acreditando em mim?.

terça-feira, março 15, 2005

naquela manhã

acordou e não percebeu que havia se transformado em um enorme pássaro. abriu a porta e, ao invés de bater asas, caminhou em enormes pulinhos desengonçados, tão grandes quanto suas pequeninas longas pernas permitiam. pena, perderia as penas. enormes gatos caminhavam pelo meio-fio.

.por julia.

segunda-feira, março 14, 2005

nota mental:

nunca mais comer um xis na frente do rodrigo.

.julia. oras.

domingo, março 13, 2005

Édipo as avessas

Quando ele chegou em casa apenas pro almoço do outro dia com um sorriso bobo no rosto inchado, a mãe dele jogou a panela de feijão quente no seu colo.
O lugar do seu pai ainda estava vazio.



.por rodrigo.

enfim, chuva...

Tem pessoas que não sabem comer. Mas tu percebe, mais uma vez, que ela realmente é tua amiga pelo fato de não se importar em comer na tua frente.
Quando alguém pega teu celular e tenta de verdade fazer uma ligação internacional e tu apenas dá risadas, é apenas mais um sinal de que vocês são amigos de verdade.
Quando alguém pega teu braço e suspira só para pedir um apoio, você percebe que é tão importante para aquela pessoa quanto ela é para você.
Quando alguém se disponibiliza para sair da sua casa, na chuva, às 4h da madrugada, apenas para ir buscar seus amigos numa festa que ele detestou e foi embora mais cedo, você não sabe nem mensurar a gratidão e o sentimento de companheirismo que há entre vocês.
Ou aqueles que estão lá lá longe, mas ainda assim trazem sorriso junto com o OI na tela do computador.

Quando você se sente tão vivo, tão absurdamente vivo que não pára de sentir seu coração pulsar, seus pés tocarem o chão, seus braços cortarem o ar, sua pele tocar o vento, o silêncio sendo quebrado, mesmo sem perceber o tempo passar, você sabe que alguma coisa está diferente.


.por rodrigo, any given sunday.

quinta-feira, março 10, 2005

estética?

Eu mal sentei na cadeira e o cara já deitou ela.
Eu tentei não cair pra trás e só o que eu ouvi foi um, pode deitar tranqüilo guri.
Guri, eu pensei...
Eu recostei então a cabeça no encosto pra cabeça da cadeira já naquela posição de cadeira de descanso.
Mas eu me assustei mesmo foi quando ele botou aquela toalinha no meu olho.
Putz, toalinha no olho é só pra tu não ver o que ele vai fazer contigo.
Eu comecei a ouvir o quec quec da tesoura e fiquei receoso, essa toalinha no olho tava me incomodando. Psicologicamente falando...
Ele não parava de fazer quec quec, nem quando eu não sentia o contato com ela...
Daí quando ele tirou a toalinha e parou com o quec quec eu até gostei do resultado.
Mas o mais divertido é poder dizer aqui pra frente que eu aparei a barba num barbeiro. Quem pode dizer isso hoje em dia????
Os tiozão eram muito barbeiros (no sentido literal da palavra, obviamente falando).
Ficou legal, mas agora vi que ele deixou uns fios meio esquecidos grandes aqui no meio...mas nada que eu não possa dar aquela quec quec no esquema...


Ele me disse que desbastou minha barba...
Nesse instante, eu pensei: “cara, eu realmente não sou metrossexual.”
Explico: se eu fosse eu a) saberia o que é desbastar. b) poderia dizer pra que era pra ter feito outra coisa (não sei o que mais se faz em barba...). c) veria o que é uma barba desbastada, e não apenas uma barba menor do que antes.

Enfim, agora faço parte do grupo seleto de pessoas que apararam a barba.Sim, continuo feio, mas agora com menos pêlos.

.por rodrigo, um cara mais seleto ainda.

domingo

as tarifas de ônibus sobem para 1,75. eu sabia, sabia, sabia. um e setenta e cinco. eu devia ter apostado. mas, tudo bem. agora eu vou apostar nos cavalos.

e digo mais, depois de quase duas semanas o porteiro do petrópole tênis clube finalmente foi simpático comigo.

falei tanto com a assessoria da smam que eles já reconhecem minha voz no telefone.

.julia.

quarta-feira, março 09, 2005

o brasil é o país do futuro

então hoje meu pai me acorda e diz - assim, ó, roubaram nosso carro, eu vou dar queixa na polícia do celular que tava no porta-luvas e tem vinte reais na cozinha pra pagar o táxi da tua mãe.
pelo resto da manhã descubro que o carro foi levado perto do instituto de cardiologia, e, além do celular, estava na mala a máquina fotográfica da minha mãe praticamente nova, trazida dos estados unidos por uma amiga. tá aí. a vida sempre pode nos surpreender, se tinha um troço que eu achava que nunca ia nos acontecer era isso. sempre tivemos carros velhos, esse era um apollo com mais de década. o único futuro que eu vejo pra ele é ser desmantelado em pedacinhos por aí. seguro? não tinha. nós não somos exatamente abastados aqui. se quando roubaram o celular do meu pai já foi complicado, um carro é sensivelmente pior. god damn it.

terça-feira, março 08, 2005

oito de março

pois se é pra comer chocolate, pra render homenagens, pra discutir o papel na sociedade ou pra discutir a data em si, não sei. mas ganhei croissants.

.julia.

sério, tá quente!

Onde estão as Águas de Março fechando o verão?
Cadê a Promessa de Vida no meu coração???


.por rodrigo.

Utilidade Pública

Inventor lança casaco contra lobos para cães


Finalmente lobos com apetite por cães domésticos poderão ser mantidos a distância. A solução foi apresentada pelo finlandês Jussi Ar, que inventou um casaco elétrico para vestir cachorros.
De acordo com o "Professor Pardal", a vestimenta, alimentada por uma bateria, libera um choque de mil volts quando for mordida por um lobo. Ele alega que os animais selvagens não sofreriam mais do que um grande susto e que não há perigo para os donos.

O problema parece um tanto irreal no Brasil, mas na Finlândia de 20 a 30 animais de estimação morrem atacados por lobo a cada ano.


Fonte: Terra/Reuters



detalhe para a última frase...
massa!!!


.por rodrigo, o Billy Joey, a Mel e a Jup podem, finalmente, visitar a Finlância.

Amélia ou Amelie?

Feliz Dia da Mulher!



.por rodrigo.

calvin says

Everybody seeks happiness! Not me, though! That's the difference between me and the rest of the world! Happiness isn't good enough for me! I demand euphoria!

porque falar se tem quem fala por nós, melhor que nós mesmos o faríamos?

.julia.

segunda-feira, março 07, 2005

um bom projeto de vida...

Idoso inglês usava carrinho para fugir após furtos


Um aposentado britânico de 82 anos compareceu ao tribunal hoje para responder à acusação de utilizar seu carrinho de locomoção para diversos furtos. George Brignall roubava livros, vasos para plantas e outros objetos nas lojas de sua localidade, Goole, em East Yorkshire, e depois fugia em seu veículo motorizado, utilizado por idosos e portadores de deficiência física.
Apesar da velocidade máxima do carrinho não superar os dez quilômetros por hora, em uma ocasião ele quase atropelou um pedestre. Em outra oportunidade, se aproximou da porta de uma casa na qual alguém havia colocado um pacote com livros e o levou tranqüilamente antes que o dono da casa saísse para pegar a encomenda.

Brignall foi preso no asilo onde vive e admitiu os furtos. O cleptomaníaco deu o seu depoimento e contou que não tinha o problema até fazer 74 anos, quando ficou viúvo. Devido a sua idade, o juiz o deixou em liberdade mediante o pagamento de uma fiança.


Fonte: Portal Terra/EFE



.por rodrigo, quanto será que custa um desses carrinhos?.

e tu que achava que isso só acontecia nos filmes americanos...

Resgate a gato causa congestionamento na Capital
Fila de veículos na Avenida Ipiranga chegou aos dois quilômetros



A operação de resgate a um gato causou congestionamento em Porto Alegre. Nesta segunda, dia 7, o Corpo de Bombeiros recebeu um chamado para retirar o animal, que estava em cima de uma árvore na esquina das Avenidas Ipiranga e Santana.

O trânsito precisou ser interrompido na Ipiranga por 10 minutos, no sentido bairro-Centro. A fila de veículos chegou aos dois quilômetros. O gato foi resgatado pelos homens dos Bombeiros.



fonte: Portal ClicRBS



.por rodrigo, miau.

Galeria do Dmae expõe paisagens de artista precoce

Uma menina tímida, mas alegre e com um futuro promissor. A jovem Júlia Guimarães há muito tempo sabe o que quer ser quando crescer, e, o que é melhor, luta para que seu sonho se realize. Agora, aos 9 anos de idade, já está expondo suas obras pela segunda vez em Porto Alegre.

Ainda que seja uma garota como quase todas as de sua idade, Júlia manifesta nos seus quadros uma desenvoltura adulta. Ela escolheu a pintura como forma de expressão quando tinha apenas 7 anos. Desde então, vem se dedicando ao aprendizado e domínio das técnicas, sob a orientação da professora Suely Guernieri, cujo estúdio fica em Curitiba (PR).

Segundo a artista, a pintura é o resultado de um sentimento que, desde criança, ela cultivava ao desenhar. Até hoje, a moça não sai de casa sem lápis e papel. A preferência dela por paisagens e cores claras não a limita. A menina artista passeia pelos lugares que pinta, dando cores fortes e entusiasmo aos ambientes bucólicos que retrata.

Destacando-se pelos cenários, as impressões de Júlia podem ser vistas em 22 telas à óleo na Galeria de Arte do Dmae (Rua 24 de Outubro, 200, bairro Moinhos de Vento) até o dia 23 de março, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30min. A entrada é franca



.por rodrigo.

domingo, março 06, 2005

a não ser pelo dia seguinte,

os churrascos aqui em casa são sempre divertidos. dessa vez começou um dia antes, quando o previsto assador tentava me explicar porque ele precisava de uma garrafa e jornais para fazer o fogo. eu não tinha entendido (e nem fazia questão) e fui ver no dia seguinte a complexidade de acender o fogo. uma técnica muito especializada, fundamentada em bases científicas e um ótimo prognóstico teórico. que não chegou a exatamente funcionar. por sorte, sempre existem os meios menos avançados e mais funcionais de se fazer as coisas.

acho que foi o tempo de dez pessoas chegarem pra que eu perdesse o poder das chaves e ouvisse alguém dizer "aqui em casa a gente espeta a carne no balcão de fora". hm, eu achava que era que eu morava aqui. mais alguma pessoas e começou a caipirinha, algumas feitas com esmero e dedicação, outras feitas na base de que bastante açúcar disfarça qualquer coisa. todas tinham mais ou menos o mesmo gosto.

o momento glicose foi estrelado pelo negrinho. brigadeiro, pros estrangeiros. coube a mim pegar os ingredientes e apontar a panela. saí da cozinha logo depois de ouvir a frase "joga aí dentro tudo que for pó". felizmente minha família não cultiva o hábito do tráfico, teria tido grande prejuízo. em todo caso, caiu na rede, além do tradicional chocolate em pó, nescau, nescafé, canela e pimenta. ficou como vocês estão imaginando que ficou.

depois eu saí de casa e deixei a limpeza pra hoje. porque se é pra fazer faxina no fim de semana, que pelo menos seja no último dia do fim de semana.

quinta-feira, março 03, 2005

da série era uma vez...

Pela Estrada (Braguinha)

Pela estrada a fora, eu vou bem sozinha
Levar esses doces para a vovozinha
Ela mora longe, o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente



Lobo Mau (Braguinha)

Eu sou o lobo mau,
Lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas
Pra fazer mingau!

Hoje estou contente,
Vai haver festança
Tenho um bom petisco
Para encher a minha pança




.por rodrigo, viverão felizes para sempre?.

Com o que sonho?

No ônibus, nas voltas pra casa, tenho dormido cansado. Encosto a cabeça no vidro, me enquadro no banco sem estifado e meio que desmaio, embalado pelas curvas e variações no asfalto. O ônibus continua seu curso e eu começo o sonho. Eu começo a sonhar. Não sei com o que, não sei aonde... Não sei por que acordo assutado sendo chamado e me vejo no fim da linha. Vou ter que caminhar muito mais para chegar em casa. Tento lembrar do sonho, mas o susto do lugar longe do destino faz com que o sonho fuja rindo da minha cara de homem cansado que volta pra casa.




.por rodrigo.

quarta-feira, março 02, 2005

e tu ficava te achando só por que conseguia tirar as músicas dos Beatles...

Jovem é capaz de saborear literalmente a música


Uma jovem suíça consegue ver cores ao ouvir uma música e é capaz de experimentar gostos que variam do azedo ou amargo a sabores mais específicos como o de grama recém-aparada ou creme de leite sem gordura. O estudo, realizado por cientistas da Universidade de Zurique, chefiados por Lutz Jaencke, será publicado na edição desta quinta-feira da revista científica britânica Nature.
Neuropsicólogos da Universidade de Zurique ficaram tão intrigados com o caso da jovem E.S. - uma música profissional de 27 anos cujo nome completo é mantido em sigilo -, que decidiram treiná-la para uma pesquisa de um ano de duração. Eles concluíram que ela apresenta o caso mais extremo jamais visto de sinestesia, no qual a música estimula na jovem uma resposta em outros órgãos sensoriais.

E.S. vê cores ao ouvir uma nota. Desta forma, ela vê a cor violeta ao ouvir um fá sustenido, enquanto, ao ouvir um dó, ela visualiza a cor vermelha. Mais notável ainda é a capacidade da jovem de distinguir sabores em sua língua de acordo com a nota que ela escuta.

Um intervalo musical de segunda menor a induz a sentir acidez, enquanto o de segunda maior deixa um gosto amargo em sua boca. A terça menor é salgada e a terça maior, doce.

Outros sabores, de acordo com a nota, têm o gosto de "água pura", creme (de alto e baixo teor de gordura, dependendo da nota), sensação de "repugnância" e até de grama recém-aparada.

Para realizar um teste objetivo, os cientistas aplicaram, uma a uma soluções de sabores diferentes (ácido, amargo, salgado e doce) em sua língua e depois pediram a ela que pressionasse um botão em um teclado de computador correspondente a cada nota. Ela respondeu com exatidão e mais rápida do que cinco músicos, recrutados para o mesmo teste e sem dons sinestésicos.

Segundo os pesquisadores, a "extraordinária" sinestesia de E.S. provavelmente impulsionou sua carreira, sintonizando-a com a sonoridade apropriada.


fonte: Terra/AFP


.por rodrigo, chinelão.

terça-feira, março 01, 2005

Com luvas lilás...

Sai do cinema pensando em te ligar. Queria falar contigo. Cara-a-cara eu queria. Mas essas férias na praia estão custando esses fios de cabelo que tanto gosta de passar a mão.
Se bem que uma palavra minha nesse estado certamente faria com que o efeito saísse pela culatra.
Tu fugirias. Pra sempre. Longe.
Eu não queria te ligar. Confissões por telefone são babacas. Vazias, sem o suor escorrendo nos dedos. Eu queria te dizer uma coisa.


Vou esperar o inverno voltar.
Vou esperar pra poder desconversar e assim ganho mais tempo pra consertar os versos que vou falar no desencontro.


Se é amor?
Não sei. Mas é potencialmente perigoso.





.por rodrigo, ainda afetado por 'closer'.

feels the same

hoje adentrei o fantástico mundo dos estagiários. confesso que doeu abrir mão de um estágio mui-bem-remunerado em nome de um que nem-perto-disso só pelo jornalismo da coisa. mas planejo não me arrepender. dia quinze de março deve ter algum texto meu impresso já. no aguardo.

.julia.

dos finais infelizes

esses dias um amigo meu me falava de como ele sempre sonhara em ter um cachorro. um beagle, macho, que ele criaria desde filhote e seria um cão treinado, mas não um cão de guarda ou essas bobagens, ele saberia dar a patinha, rolar, fingir de morto, essas coisas importantes de verdade. não lembro qual ia ser o nome, mas ele já tinha tudo planejado. ia ser um belo cachorro. aí ele ganhou um gato. da namorada. desnecessário dizer que foi o fim o mundo. ele não podia mais ter um cão nem se livrar do felino, já que era presente da mulher amada. quando perguntei que raça era e que nome tinha, a resposta veio seca: é um gato, que mais tu precisa saber? virou um rapaz amargurado, o meu amigo.

mas tudo isso me lembrou de quando eu queria uma laranjeira. sei lá quantos anos eu tinha, só lembro que era criança. não tenho noção de tempo, sabe como é. mas aí nessas de querer a laranjeira - porque eu queria laranjas a qualquer momento, nunca gostei de suco de caixinha - bolei toda uma estratégia para consegui-la. com meu pai, claro. e aí colocava bilhetes na carteira dele, bilhetes na geladeira "porque não compramos uma laranjeira" "que tal um pé de laranja" sempre encaixava o assunto laranjas em qualquer conversa. aí um dia, por cansaço ou generosidade, lá fomos nós comprar uma laranjeira. olhamos aqui, olhamos ali, mil árvores que para mim eram "plantas" (nesse instante eu devia ter desconfiado que sempre seria ruim em biologia). escolhemos a laranjeira e meu pai sugeriu levar também um limoeiro. por mim, tanto fazia, desde que as laranjas estivessem no trato. levamos um limoeiro. plantamos uma ao lado da outra no pátio e me revoltei com a natureza por ter que esperar uns três anos até ver alguma fruta nascendo (maldita biologia). mas os anos passaram, as árvores cresceram, apareceram umas frutinhas pequenas, meio secas, e aí me disseram que no ano seguinte a gente poderia colher numa boa. lindo. só que eis que o terrível limoeiro começa a crescer assustadoramente, pra cima, pros lados, se espalha cobrindo a laranjeira e lá surgem limões por todos os lados, um absurdo de limões, enquanto a laranjeirinha se encolhe na sombra e faz brotar uns tímidos frutinhos que não servem pra nada. e assim é desde então, todo ano se acumulam sacolas e sacolas de limão aqui em casa, e acho que eu nunca comi uma mísera laranja do meu quintal. todos aqueles esforços por nada. e o pior: eu detesto limão.

.julia.