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Esse silêncio desse serviço burocrático onde todos abaixam suas cabeças e olham as teclas que catam como cada mísero centavo de seus salários me irrita.
Esse jovem gentil que passa com essa cara de fome sanada oferecendo ajuda como se fosse sincero.
Essa gente que fala cidadões e massa de manobra ao mesmo tempo, como quem mistura arroz e feijão e tira espinhas do galeto.
Essa gente que passa de um lado pro outro muito atarefados com celulares em punhos e sorrisos abafados mentindo pra todos que trabalham feito todos os que os vêem passar.
Esse crachá dependurado no pescoço e atravessando o peito dos papeis que estão sendo carregados de uma sala pra outro carimbo.
E eu aqui no meu cubículo, de frente pra tela e enxergando tudo que passa pelo reflexo do dia-a-dia que passa nas minhas costas.
Quem me dera não tivesse tempo de pensar e ficar divagando sobre os vagabundos que sentam nas cadeiras que rangem.
Quem me dera ninguém fiscalizar se estou jogando videogame ou pelado jogando outro jogo mais divertido aqui no meu mundo, meu cubículo.
Mas não.
Fico eu e essa tela branca que finjo preencher várias vezes por dia.
Escrevendo e apagando os rituais de como matar os transeuntes e como estuprar as bufantes gordas solitárias que guardam as pastas do setor sete.
Aquelas gordas que adorariam ser estupradas e tem inveja da Renata, que foi estuprada no carnaval de Bombinhas.
Aquelas tamancas arrastadas pelos corredores recolhendo assinaturas que vão direto pro arquivo enunca vão valer mais do que um rabisco, nem como nome os nomes dos políticos servem.
Mas queria pegar uma daquelas gordas, aquelas banhas pra fora da camiseta apertada me dão nojo.
Quem me dera pegar aquelas carnes todas e depois que minha porra jorrasse toda nos seus cabelos lavados a pouco, puxar a faca e tirar apenas os excessos que elas cometeram nas suas símias refeições solitárias.
O café ferve mais uma vez com o dinheiro que devia ser destinado a saúde.
Minha saúde precisa de café, dinheiro bem empregado.
Obrigado também por pagar minhas ligações internacionais e pelo papel higiênico que me limpa depois de cada almoço batatafrita e cerveja.
.por rodrigo, estagiário.
Esse jovem gentil que passa com essa cara de fome sanada oferecendo ajuda como se fosse sincero.
Essa gente que fala cidadões e massa de manobra ao mesmo tempo, como quem mistura arroz e feijão e tira espinhas do galeto.
Essa gente que passa de um lado pro outro muito atarefados com celulares em punhos e sorrisos abafados mentindo pra todos que trabalham feito todos os que os vêem passar.
Esse crachá dependurado no pescoço e atravessando o peito dos papeis que estão sendo carregados de uma sala pra outro carimbo.
E eu aqui no meu cubículo, de frente pra tela e enxergando tudo que passa pelo reflexo do dia-a-dia que passa nas minhas costas.
Quem me dera não tivesse tempo de pensar e ficar divagando sobre os vagabundos que sentam nas cadeiras que rangem.
Quem me dera ninguém fiscalizar se estou jogando videogame ou pelado jogando outro jogo mais divertido aqui no meu mundo, meu cubículo.
Mas não.
Fico eu e essa tela branca que finjo preencher várias vezes por dia.
Escrevendo e apagando os rituais de como matar os transeuntes e como estuprar as bufantes gordas solitárias que guardam as pastas do setor sete.
Aquelas gordas que adorariam ser estupradas e tem inveja da Renata, que foi estuprada no carnaval de Bombinhas.
Aquelas tamancas arrastadas pelos corredores recolhendo assinaturas que vão direto pro arquivo enunca vão valer mais do que um rabisco, nem como nome os nomes dos políticos servem.
Mas queria pegar uma daquelas gordas, aquelas banhas pra fora da camiseta apertada me dão nojo.
Quem me dera pegar aquelas carnes todas e depois que minha porra jorrasse toda nos seus cabelos lavados a pouco, puxar a faca e tirar apenas os excessos que elas cometeram nas suas símias refeições solitárias.
O café ferve mais uma vez com o dinheiro que devia ser destinado a saúde.
Minha saúde precisa de café, dinheiro bem empregado.
Obrigado também por pagar minhas ligações internacionais e pelo papel higiênico que me limpa depois de cada almoço batatafrita e cerveja.
.por rodrigo, estagiário.
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