domingo, março 06, 2005

a não ser pelo dia seguinte,

os churrascos aqui em casa são sempre divertidos. dessa vez começou um dia antes, quando o previsto assador tentava me explicar porque ele precisava de uma garrafa e jornais para fazer o fogo. eu não tinha entendido (e nem fazia questão) e fui ver no dia seguinte a complexidade de acender o fogo. uma técnica muito especializada, fundamentada em bases científicas e um ótimo prognóstico teórico. que não chegou a exatamente funcionar. por sorte, sempre existem os meios menos avançados e mais funcionais de se fazer as coisas.

acho que foi o tempo de dez pessoas chegarem pra que eu perdesse o poder das chaves e ouvisse alguém dizer "aqui em casa a gente espeta a carne no balcão de fora". hm, eu achava que era que eu morava aqui. mais alguma pessoas e começou a caipirinha, algumas feitas com esmero e dedicação, outras feitas na base de que bastante açúcar disfarça qualquer coisa. todas tinham mais ou menos o mesmo gosto.

o momento glicose foi estrelado pelo negrinho. brigadeiro, pros estrangeiros. coube a mim pegar os ingredientes e apontar a panela. saí da cozinha logo depois de ouvir a frase "joga aí dentro tudo que for pó". felizmente minha família não cultiva o hábito do tráfico, teria tido grande prejuízo. em todo caso, caiu na rede, além do tradicional chocolate em pó, nescau, nescafé, canela e pimenta. ficou como vocês estão imaginando que ficou.

depois eu saí de casa e deixei a limpeza pra hoje. porque se é pra fazer faxina no fim de semana, que pelo menos seja no último dia do fim de semana.