quinta-feira, junho 30, 2005

Eu não resisto a um revival

Então aconteceu de no mesmo dia eu achar o livro que me define e a assessora da Margarete Moraes querer espaço no jornal, aí eu pedi pro Rodrigo pra postar aqui porque não é todo dia que tu acha o livro da tua vida e um vereador quer te comprar.

O livro que me define é Astrocats – Astrologia para gatos. Por vinte anos eu procurei as resposta no lugar errado. Estava tudo na astrologia felina. Olha, não existe nada mais parecido comigo nesse mundo do que um gato geminiano.

[aqui vale a pena contar que consegui o livro pedindo para a assessoria de comunicação da publifolha, que me mandou, via sedex, porque eles querem que eu escreva uma resenha sobre os signos dos gatos]

Mas vamos ao gato geminiano: A expressão "a curiosidade matou o gato" foi cunhada para este signo. Ele não consegue evitar a instabilidade, e não é capaz de explicar (bem, óbvio, ele é um gato, por deus) por que num dia o mundo parece um lugar interessante e no dia seguinte até mesmo seu brinquedo predileto parece chato. À sua maneira, ele é devotado a você, e seria preciso procurar muito para encontrar outro gato tão sagaz e inteligente. Oh, oh, meu ego. Eu frisaria o "à sua maneira" porque, sabe, é verídico. No entanto, você ocupa um lugar grande no coração desse bichano. Tanto que um dia, quando pensar que ele não está nem aí com você, poderá encontrá-lo esperando-o na chuva simplesmente porque você foi bater um papo com o vizinho. Bem, estamos comparando este felino à pessoa que bateu uma campainha às duas da manhã sem ser chamada porque não tinham me dito boa noite. E depois o livro ainda escreve Einstein felino. Melhor livro que já li. Estou pensando em comprar umas vinte cópias e distribuir entre os amigos.

E logo depois a assessora da Margarete ligou e perguntou
- Como vocês negociam espaço no jornal?
- Olha, a gente vende anúncios.
- Arram... e artigos?
- A gente publica se a gente acha interessante pro jornal.
- Ahh.... vocês não vendem espaço para artigos?
- Não.
- Ahh... obrigada.
Eu gostava da Margarete Moraes. Mas escreve mal que é um diabo, esta senhora. Enfileira adjetivos como se fossem pecinhas de dominó.

Foi bom revê-los.

Julia.

mais um jovem

Ela veio e carregava um livro
Era um Werther
Ela lia sobre o jovem
Eu deveria ter percebido o aviso

Visto que o alvo era outro
Mas o fim era o mesmo




interessante que é a ironia, não?

.por rodrigo.

quarta-feira, junho 29, 2005

sabe?

Sabe aqueles dias que tu acorda
Meio no nada
Meio na hora
Mas sem cansaço
Sem sono
Sem sonho pra lembrar pelo resto do dia

Tu só acorda
Mais nada

Se levanta sem entender o que se passa

E segue sem rumo ou trapaça pelas ruas
Dobra esquinas, corre quadras, ganha tempo

Chega no trampo
Esquece o mundo
Traça a trama toda de contatos
Consegue enfim aquela 18h que espera
Vai embora sem passado
E chega em casa sem espera

Tudo meio que acontece assim...
Do nada

E você ganhou mais um dia na sua vida pacata

E se aproxima do findesemana
Pois daí tem aquela janta com os comparsas
E as risadas dos amigos e o beijo da namorada



.por rodrigo.

segunda-feira, junho 27, 2005

não tem título (ao menos não por enquanto...)

Eu vi a morte me seguindo
Olhava cada movimento
Mas não me dava a dignidade de se esconder por trás de um poste, prédio ou do que fosse
Quem sabe na escuridão das sombras de alguma meianoite?
Mas não!
Me fitava lasciva esperando um pequeno erro
Um momento que fosse...

E eu de cabeça erguida caminhava olhando o horizonte
Fingindo que nem percebia que ela não estava mais longe, ou sequer na minha frente
Caminhava ao meu lado
Como se nada fosse por acaso daqui pra frente
Como que me dando uma chance de adiar um pouco o presente

Mas como eu disse, eu fingi que não via
E o futuro caiu surdo no meio da rua
E desde de então, meu canto já se consome no poente
Onde o sol se esconde e a lua não ilumina
Naquele único instante em que nós todos somos uma só vida


.por rodrigo.

sexta-feira, junho 24, 2005

sssss

silêncio

gritam os sinos

silêncio

grita o espelho

mas só o que escuto é o silêncio dos meus ouvidos

e o silêncio do acaso batendo no destino

.por rodrigo.

e tu te achando por pegar a garota verão de encruzilhada...

Britânico que fingiu ser agente secreto é condenado
da BBC Brasil

Um britânico que se fez passar por agente do serviço doméstico de inteligência (MI5) do Reino Unido, seduzindo mulheres ao estilo James Bond e extorquindo delas um total de 1 milhão de libras (R$ 4,34 milhões), foi condenado na quinta-feira em Londres.

As vítimas de Robert Hendy-Freegard, 34 --pelo menos seis mulheres endinheiradas-- foram convencidas de que corriam risco de vida por terem se ligado a ele e foram obrigadas a viver fugindo e apavoradas.

Segundo o diário britânico "The Times", enquanto elas se escondiam para se proteger de uma falsa ameaça, ele aproveitava para levar uma vida luxuosa, comprando carros avaliados em 250 mil libras (R$ 1,08 milhão).

polícia disse ao jornal que há suspeitas de que exista outras vítimas que não foram citadas no julgamento --uma delas seria brasileira.

Bom mentiroso

Hendy-Freegard era um vendedor de carros quase analfabeto e abandonou os estudos aos 15 anos. Ele encontrou seu talento na arte de mentir.

"Ele é o mentiroso mais bem-sucedido que eu vi em 25 anos de carreiras", disse ao "Times" o detetive Bob Brandon, que liderou uma investigação da Scotland Yard que levou três anos.

As autoridades ficaram impressionadas em como mulheres inteligentes e de alto nível puderam cair na conversa de Hendy-Freegard.

Sua trajetória de farsante começou quando trabalhava como barman num bar da cidade de Newport. Na época, no início dos anos 90, havia muita atividade do grupo radical irlandês IRA naquela região.

Isso ajudou a alimentar a ficção criada por Hendy-Freegard. Ele conheceu três jovens estudantes de famílias ricas (duas mulheres e o namorado de uma delas) e os convenceu de que era um agente do MI5 investigando uma célula do IRA com planos de explodir uma bomba na universidade.

Hendy-Freegard teve dois filhos com uma dessas vítimas, Maria Hendy. Ele convenceu os três amigos de que eram perseguidos pelo IRA, e os obrigou a passar longas temporadas em esconderijos, enquanto se apoderava de suas finanças.

A sentença para o britânico, por seqüestro, roubo e falsidade ideológica, deve ser anunciada na semana que vem. Hendy-Freegard pode ser condenado à prisão perpétua.

fonte: Folha de São Paulo Online

quinta-feira, junho 23, 2005

nove horas de sono e queria uma sesta!

“Boa tarde”: o despertador insiste em tocar!
E a porta abre: Acorda!
A hora de ir já passou faz tempo; mas o trabalho não espera e não dá folga.

Na minha vida não existem “agoras”. É sempre um antes que não consigo conquistar.

E isso apavora!

.por rodrigo.

terça-feira, junho 21, 2005

Fui na sessão de cabine do filme 9 CANÇÕES.

Resumo do filme:
Sexo, drogas e rosckandroll

Aliás, bom rockandroll e ótimas cenas de sexo...
Bandas que reinam no mundo indie e as músicas muito bem escolhidas que traçavam a história do casal.


Mas o que eu entendi do filme?
Hm
Bom, pra mim, o filme meio que quis dizer que as histórias de amor são sempre muito parecidas. Que já foram ditas, cantadas, encenadas por todos...
E o que resta para o amor pos-moderno é o sexo.
Só o sexo liga duas (ou mais, vai saber) pessoas hoje em dia...
O dar prazer ao outro é o sinal do amor que os liga.
A maior preocupação durante as cenas de sexo (sim, o filme é meio pornô) é de um dar prazer ao outro.E, quando este ciclo é quebrado, nos dirigimos à separação daquilo que o diretor – na minha mais singela e tosca opinião (não sou crítico, sou apenas um cara que vê alguns filmes) – quis dizer como determinação e representação do amor jovem moderno: a preocupação com o prazer alheio.

.por rodrigo, black and rebel.

algumas respostas pro LF

"eu ainda vou descobrir porque todo mundo escrever as notas que eram pra ser mentais." Luís Felipe

As pessoas escrevem as notas mentais, por que algumas delas possuem a memória visual mais forte...
Assim, fixam melhor o que gostariam de lembrar.

Ou apenas por que elas querem ver que elas pensam...

Ou apenas por que elas têm blogs...


.por rodrigo.

segunda-feira, junho 20, 2005

nota mental (lembrar de ir!)

Encontro literário elege 'Miss'

Marcelo Carneiro da Cunha e Fabrício Carpinejar são os idealizadores de um concurso de miss literatura, que será realizado na próxima quinta-feira, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon Country (Túlio de Rose, 80, 2º andar), às 19h30min, com entrada franca. O 'Miss Cultura' tem o objetivo de mostrar que a beleza do texto é fundamental. Trata-se de um misto de recital e karaokê literário, com 'desfile verbal de narrativas pessoais'. A cada encontro, é possível assistir a leituras dos enredos e fragmentos preferidos de Fabrício e Marcelo sobre um tema específico.
fonte: correrio do povo

.por rodrigo.

domingo, junho 19, 2005

duas idéias em contraste:

CÁ ENTRE NÓS
"Os clássicos escreviam tão bem porque não tinham os clássicos para atrapalhar"
Mario Quintana



Medíocre

nada mais faz sentido
nesse mundo com fome
onde mendigos de idéias
são confundidos com nobres poetas
e bolsos cheios pedem moedas
e homens sem nomes somem e deixam apenas a miséria de suas malas pretas e gravatas ocre gravadas com sangue em uma mistura com dourado

(esse é meu)

.por rodrigo.
.quando nada mais faz sentido, nada mais real que o onírico.

uma lembrança confusa

vi hoje uma borboleta
pousava suas patas sobre flores
vi suas asas batendo violentas
para subir de volta ao céu violeta
do fim da tarde vermelha
em que nasceu pro mundo
como se tudo fosse futuro
e seu ontem de pobre lagarta
fosse outra história
não a sua, ou a nossa
mas um passo errado
de alguém que agora não tem passado



.por rodrigo, pra ana paula.

eu

ando sem saco pra escrever...


.por rodrigo.

uma perspectiva

o eterno retorno
um singelo conforto
para aqueles que fazem pouco


.por rodrigo.

quarta-feira, junho 15, 2005

por um momento

Substituiu as lágrimas pelas asas.
E saltou para dentro do desfiladeiro

Voou para o presente
Esquecendo-se do futuro
Concentrou-se apenas em pensar no pulo

Sentiu, pela primeira vez, seu pulso,
Solto,
Vivo
Próprio

Sentiu o vento
O sopro zunindo e cortando seus cabelos ao meio

Sentiu seu peso escondido nos anos que transformaram o preto em branco

Fechou os olhos e engoliu as nuvens

O denso volume dos sons calaram o ouvido e explodiram no seu peito

Esquivou do solo e tocou nos sonhos

Voou
Livre

Com as asas
Que construiu com as lágrimas que secaram ao sol

Voou
Leve



.por rodrigo.

terça-feira, junho 14, 2005

amor-juvenil-platônico

é pelo apreço que tenho pelos jovens que amam com todos os encantos possíveis o desejo do toque da menina, dos beijos, da língua...
que escrevo as próximas linhas para a lembrança deles no dia dos namorados


14 anos!

via, pela fechadura,
ela, ali, nua

botei
abaixo
o calção!

e fiz amor
com a minha mão



.por rodrigo.

quinta-feira, junho 09, 2005

um parêntese

“(...) os personagens não nascem de um corpo materno, como os seres vivos, mas de uma situação, uma frase, uma metáfora que contém em embrião uma possibilidade humana fundamental que o autor imagina não ter sido descoberta, ou sobre a qual nada ainda foi dito de essencial.
(...)
Um romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que é a vida humana, na armadilha do que se transformou o mundo.”

A insustentável leveza do ser (p. 221, 222); KUNDERA, Milan; Editora Nova Fronteira; 35a. edição.



.por rodrigo.

quarta-feira, junho 08, 2005

no momento do calor

posso ser traidor
mas só por que tenho muito amor
e ninguém pra repor
todo este ardor
que corre tanto que chega a ser dor



eu conheço a dor
imagino o amor
sinto o traidor
rasgo com o ardor
e me torço em torpor

mas não me peça por favor
que perdoe o erro maior
se eu sei que não podes ser melhor



.rodrigo por.

domingo, junho 05, 2005

Fudeu? Não, não... Fondue... Ah!

*Eu coloquei a melhor foto dos últimos tempos no meu álbum no orkut.
Ao menos a melhor foto na qual eu estou presente...


*não há nada mais real que o onírico!



*Meu ser foi avaliado em 14.700,47 reais.
Eu tenho um papel que prova e me diz isso.
Isso só me faz pensar na morte e que coisa é essa que chamam de vida...



Se o amor é tão ruim
Então que bom que este fim
Chegou cedo

Deve ser melhor assim
Cada um por si
Sem medos...
Sem receios...

Sem meiotermo

Sem um meio
Um momento que fosse
Um tormento que fosse

Um sacrifício
Um vício difícil de ser largado

A beira de um precipício

Sem nada

Uma desculpa esfarrapada que fosse

Por que nós não precisamos disso

Agora que estou morto
Tudo que era destino
Não faz mais sentido
Como uma piada mal contada que perde a graça
Eu me perco no que não vi ou vivi
E Não sigo
Por que fico aqui
No meio do seu caminho





.por R$ 14.700,47.

quarta-feira, junho 01, 2005

hoje é quarta, primeiro de junho

hoje é o dia nacional da imprensa.

mas hoje também é o aniversário da Julia.

e o céu que nesta época se espera meio cinza, deixa mostrar o sol para todos os portoalegrenses.
um céu de nuvens que estão lá apenas para parecer pedaços de algodõesdocedesfiados largados a esmo enquanto se passeia sem asas pelas bandas lá de cima.
assim, o sol esquenta os corpos de todos que caminham só de camiseta pelas sombras de árvores que tomam partes das calçadas das ruas quase nuas de saudade.
e enquanto alguns esperam esperanças nos olhos das crianças que saem das escolas, outros correm apressados, atrasados, rápidos para os compromissos que não querem ir.
e a leve brisa que sopra nos rostos de moços e moças enamorados (ou mesmo nas faces dos que se afastam) apenas acalma o calor que começa a ruberecer olhares.
e o frio se assustou e não apareceu.




dêem parabéns pra Julia!!!!




.por rodrigo.