sábado, dezembro 31, 2005
sexta-feira, dezembro 30, 2005
dorme
ele um verso
ela desconversa
ele sussurros
ela tira a roupa
ele mordomo
ela doma
ele tem alguns sonhos
ela só momento
.por rodrigo.
ela desconversa
ele sussurros
ela tira a roupa
ele mordomo
ela doma
ele tem alguns sonhos
ela só momento
.por rodrigo.
quinta-feira, dezembro 29, 2005
nissim miojo de galinha caipira com catchup e refri
por que fazia tempo que eu não dava uma de guri de apartamento...
.por rodrigo.
.por rodrigo.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
pós-post
Enforque-se com a corda da liberdade.
Só é possível se caminhar na sombra.
Estar no lugar do caminho que queria.
No meu bairro, existe a rua Ideal.
Apuração é uma palavra estranha.
2005 tá chegando ao fim.
Ando todo em superlativos!
Memória seletiva.
Intimidade é merda, como diriam por ai...
.por rodrigo, nonsense???.
Só é possível se caminhar na sombra.
Estar no lugar do caminho que queria.
No meu bairro, existe a rua Ideal.
Apuração é uma palavra estranha.
2005 tá chegando ao fim.
Ando todo em superlativos!
Memória seletiva.
Intimidade é merda, como diriam por ai...
.por rodrigo, nonsense???.
último
o rosto da morte
não está escondido
atrás da máscara do carrasco
mas é a face
refletida
na lâmina do machado
.por rodrigo.
não está escondido
atrás da máscara do carrasco
mas é a face
refletida
na lâmina do machado
.por rodrigo.
terça-feira, dezembro 27, 2005
sábado, dezembro 24, 2005
ju e o natal
entonces...
o texto abaixo foi escrito lá pelos idos de 2004. a autora, juliana maia, freqüentava a cadeira de comunicação em língua portuguesa II, com o ilustre mestre Paulo Seben.
linguagem direta e rápida envolvem. diálogos e pensamentos permeiam o texto levando a história para um nível mais real e pessoal.
Ceia
Na mesa de madeira, que pendia um pouco para a esquerda, todos observavam a ave. “É um pinto”, disse o mais velho. “É peru”, disse a mãe. “Se não quer comer pinto, pois que passe fome, que nos sobra mais”, bufava José. Ganhara o peru - ou pinto - de uma das clientes; era quebra-galho. Faço reparos em geral, dizia. “É peru”, insistia Maria. “Pois que seja pavão, vamos comer e dormir logo.” A criança de quatro anos começou a chorar, queria os presentes. “Os presentes são abertos no dia de Natal, minha filha. Se não dormir, Papai Noel não vem”. “E vai entrar por onde? Não tem chaminé”. Observa o do meio. José bufou de novo. Estava cansado, queria comer e dormir, e acordar cedo pra resolver a questão dos presentes. Daria um jeito nisso, sempre dava. As crianças queriam presente de Natal, pois era o que teriam.
Cortaram a misteriosa ave, rezaram e agradeceram a refeição. Tinha arroz, tinha batata, tinha suco de fruta e tinha fome. Cinco filhos, uma esposa doente, trabalho escasso, vamos todos agradecer por que tem pinto, poderia ter só a fome. Isso já é um presente, eles não sabem, pensava José. As crianças queriam os pacotinhos. O mais velho sabia, Maria sabia, talvez a mocinha soubesse, mas os mais novos ainda esperavam mais novos pelo Natal. Recebera pouco por um serviço hoje. Serviço hoje já era bom demais. O dia inteiro consertando, vinte reais. Era bom demais. No caminho, ganhara um peru de uma antiga cliente, Dona Marli, tão boazinha ela. Vinte reais, com dez deu pro arroz, a batata, o suco, o pão, o ônibus, e ainda sobrou. Estava alegre, foi pro Centro comprar presente, ia chegar em casa e a Maria ia sorrir, levaria presente pra ela também, talvez desse. Escolheu, colocou a mão no bolso, tinha dez reais ali. Não, não tinha nada. No outro bolso o troco da venda. Nesse, nada. Sabia que tinha posto ali, mas; nada.
Agradeceu também por que comprou a comida primeiro. Podia ser pior...”Ainda tô com fome”. “Tem bastante batata aí.” “Quero o peru”. Maria ia tirar de seu prato, José não deixou, igual pra todo mundo. Tinha bastante batata, ninguém ia morrer de fome, imagina se tivesse comprado o presente antes. Dez reias, tinha dez reais, desapareceram, maldita alegria, se não estivesse tão alegre prestava mais atenção onde colocava as coisas. “Coloca as crianças na cama, Maria”. Ficaram a esposa e os dois mais velhos. “Não se preocupa Zé, eles vão entender...”. Não, era culpa dele, teriam presentes, todos. “Perdeu o dinheiro, pai?”, perguntou a filha que agora era mocinha e já entendia as coisas. “Perdeu nada, vai ver gastou com cachaça”. José ia dar uma bofetada no mais velho, ergueu o braço, não tinha mais forças. Ficou com o braço suspenso, o mais velho parecia um guri de cinco anos se encolhendo, quando sabe que aprontou. “Pelo amor de deus, Zé, hoje é Natal...”. Deixou cair o braço. Maldito Natal. A guria disse pra vender alguma coisa. A TV. “Ta louca, guria, quando é que a gente vai comprar outra?” O mais velho começou a frase exaltado e foi baixando o tom de voz na medida em que perdia a coragem e olhava de canto pro pai, esperando o tapa. Zé suspirou, só queria dez reais. Teve ímpetos de vender a porcaria da televisão e comprar os melhores presentes que as crianças já tinham ganhado.
Maria estava quieta, lavando a louça e pensando na TV, a única distração que tinha quando sentia dor e não estava lavando, esfregando, cozinhando, a TV não, o Zé tinha enlouquecido, que diabo de presentes eram esses? Os filhos discutiam o que vender, baixinho, como se o pai não pudesse ouvir, e pra não acordar os pequenos. Eles eram mais velhos, já podiam estar a par dos problemas, as crianças não, pensava a filha. Os piás têm que ir se acostumando, era o que o filho mais velho achava. E o pai suspirava, enquanto cavocava o frango-peru-pinto, chupando os ossinhos. Não ia vender nada, nada, perdera o dinheiro de burro que era, pediria emprestado, trabalhava, podia pagar depois. Pegaria emprestado. “Amanhã é feriado, pai, não dá pra comprar nada”. Observou a menina, gostava de estar com os adultos, resolvendo os problemas. “Amanhã as crianças vão abrir os presentes”, foi a resposta que obteve.
Maria conhecia aquele tom. O Zé estava variando de novo. Não, ele não tinha bebido. Mas estava estranho. Mandou os mais velhos pra cama, amanhã tudo se ajeita. Sentou e olhou pro marido, que estava distante. “Não vai fazer besteira, Zé”. Não era besteira, era o Natal, os filhos sempre tinham pacotinhos pra abrir, esperavam por isso. Achava que esse ano, por causa dos remédios da mulher, não ia dar, mas esteve tão perto, agarrou as lembrancinhas, era culpa dele, daria um jeito, sempre dava. “Tem mais batata, Maria?” “Olha bem o que vai fazer...”, “A batata, Maria, e vai deitar que eu vou dar uma saída e logo volto”. “Zé...”. “Eu já volto”. Maria achou melhor deitar e rezar, pro mesmo deus que mandava comida todo dia, pra ver se ele mandava juízo pro Zé.
.por juliana maia.
o texto abaixo foi escrito lá pelos idos de 2004. a autora, juliana maia, freqüentava a cadeira de comunicação em língua portuguesa II, com o ilustre mestre Paulo Seben.
linguagem direta e rápida envolvem. diálogos e pensamentos permeiam o texto levando a história para um nível mais real e pessoal.
Ceia
Na mesa de madeira, que pendia um pouco para a esquerda, todos observavam a ave. “É um pinto”, disse o mais velho. “É peru”, disse a mãe. “Se não quer comer pinto, pois que passe fome, que nos sobra mais”, bufava José. Ganhara o peru - ou pinto - de uma das clientes; era quebra-galho. Faço reparos em geral, dizia. “É peru”, insistia Maria. “Pois que seja pavão, vamos comer e dormir logo.” A criança de quatro anos começou a chorar, queria os presentes. “Os presentes são abertos no dia de Natal, minha filha. Se não dormir, Papai Noel não vem”. “E vai entrar por onde? Não tem chaminé”. Observa o do meio. José bufou de novo. Estava cansado, queria comer e dormir, e acordar cedo pra resolver a questão dos presentes. Daria um jeito nisso, sempre dava. As crianças queriam presente de Natal, pois era o que teriam.
Cortaram a misteriosa ave, rezaram e agradeceram a refeição. Tinha arroz, tinha batata, tinha suco de fruta e tinha fome. Cinco filhos, uma esposa doente, trabalho escasso, vamos todos agradecer por que tem pinto, poderia ter só a fome. Isso já é um presente, eles não sabem, pensava José. As crianças queriam os pacotinhos. O mais velho sabia, Maria sabia, talvez a mocinha soubesse, mas os mais novos ainda esperavam mais novos pelo Natal. Recebera pouco por um serviço hoje. Serviço hoje já era bom demais. O dia inteiro consertando, vinte reais. Era bom demais. No caminho, ganhara um peru de uma antiga cliente, Dona Marli, tão boazinha ela. Vinte reais, com dez deu pro arroz, a batata, o suco, o pão, o ônibus, e ainda sobrou. Estava alegre, foi pro Centro comprar presente, ia chegar em casa e a Maria ia sorrir, levaria presente pra ela também, talvez desse. Escolheu, colocou a mão no bolso, tinha dez reais ali. Não, não tinha nada. No outro bolso o troco da venda. Nesse, nada. Sabia que tinha posto ali, mas; nada.
Agradeceu também por que comprou a comida primeiro. Podia ser pior...”Ainda tô com fome”. “Tem bastante batata aí.” “Quero o peru”. Maria ia tirar de seu prato, José não deixou, igual pra todo mundo. Tinha bastante batata, ninguém ia morrer de fome, imagina se tivesse comprado o presente antes. Dez reias, tinha dez reais, desapareceram, maldita alegria, se não estivesse tão alegre prestava mais atenção onde colocava as coisas. “Coloca as crianças na cama, Maria”. Ficaram a esposa e os dois mais velhos. “Não se preocupa Zé, eles vão entender...”. Não, era culpa dele, teriam presentes, todos. “Perdeu o dinheiro, pai?”, perguntou a filha que agora era mocinha e já entendia as coisas. “Perdeu nada, vai ver gastou com cachaça”. José ia dar uma bofetada no mais velho, ergueu o braço, não tinha mais forças. Ficou com o braço suspenso, o mais velho parecia um guri de cinco anos se encolhendo, quando sabe que aprontou. “Pelo amor de deus, Zé, hoje é Natal...”. Deixou cair o braço. Maldito Natal. A guria disse pra vender alguma coisa. A TV. “Ta louca, guria, quando é que a gente vai comprar outra?” O mais velho começou a frase exaltado e foi baixando o tom de voz na medida em que perdia a coragem e olhava de canto pro pai, esperando o tapa. Zé suspirou, só queria dez reais. Teve ímpetos de vender a porcaria da televisão e comprar os melhores presentes que as crianças já tinham ganhado.
Maria estava quieta, lavando a louça e pensando na TV, a única distração que tinha quando sentia dor e não estava lavando, esfregando, cozinhando, a TV não, o Zé tinha enlouquecido, que diabo de presentes eram esses? Os filhos discutiam o que vender, baixinho, como se o pai não pudesse ouvir, e pra não acordar os pequenos. Eles eram mais velhos, já podiam estar a par dos problemas, as crianças não, pensava a filha. Os piás têm que ir se acostumando, era o que o filho mais velho achava. E o pai suspirava, enquanto cavocava o frango-peru-pinto, chupando os ossinhos. Não ia vender nada, nada, perdera o dinheiro de burro que era, pediria emprestado, trabalhava, podia pagar depois. Pegaria emprestado. “Amanhã é feriado, pai, não dá pra comprar nada”. Observou a menina, gostava de estar com os adultos, resolvendo os problemas. “Amanhã as crianças vão abrir os presentes”, foi a resposta que obteve.
Maria conhecia aquele tom. O Zé estava variando de novo. Não, ele não tinha bebido. Mas estava estranho. Mandou os mais velhos pra cama, amanhã tudo se ajeita. Sentou e olhou pro marido, que estava distante. “Não vai fazer besteira, Zé”. Não era besteira, era o Natal, os filhos sempre tinham pacotinhos pra abrir, esperavam por isso. Achava que esse ano, por causa dos remédios da mulher, não ia dar, mas esteve tão perto, agarrou as lembrancinhas, era culpa dele, daria um jeito, sempre dava. “Tem mais batata, Maria?” “Olha bem o que vai fazer...”, “A batata, Maria, e vai deitar que eu vou dar uma saída e logo volto”. “Zé...”. “Eu já volto”. Maria achou melhor deitar e rezar, pro mesmo deus que mandava comida todo dia, pra ver se ele mandava juízo pro Zé.
.por juliana maia.
sexta-feira, dezembro 23, 2005
pelo concretismo da coisa
noite de natal
hohoho
ooohhh
hahaha
aaahhh
hehehe
eeehhh
hihihi
iiihhh
huhuhu
uuuhhh
.por rodrigo, jesus vs. papai noel.
hohoho
ooohhh
hahaha
aaahhh
hehehe
eeehhh
hihihi
iiihhh
huhuhu
uuuhhh
.por rodrigo, jesus vs. papai noel.
quem sabe
Por agora,
Quem sabe seja melhor ficar quieto
Aproveitar o vento que corta
E apertar contra o peito
Essa ríspida vontade de ir embora
Mas, também,
Talvez seja a hora de ir contar às estrelas
E, depois, simplesmente acordar
Quem sabe?
,por rodrigo luiz vianna, chuva pesada nos meus ombros cansados.
Quem sabe seja melhor ficar quieto
Aproveitar o vento que corta
E apertar contra o peito
Essa ríspida vontade de ir embora
Mas, também,
Talvez seja a hora de ir contar às estrelas
E, depois, simplesmente acordar
Quem sabe?
,por rodrigo luiz vianna, chuva pesada nos meus ombros cansados.
quarta-feira, dezembro 21, 2005
mormaço
Tá um dia de mormaço. As pessoas sem vontade. Todos arrastando seus calçados pelas calçadas sem sombra. É difícil até sorrir. O calor.
Não tem vento e as árvores projetam sombras pequenas. As pessoas se esquivam, se agacham em busca de refúgio. Não encontram um alívio em parte alguma.
Uma tarde de condicionadores de ar e salas brancas. Assépticas. Computadores brilhando nos olhos semicerrados pela claridade que vem de todos os cantos, todos os lados, todos os brancos refletidos.
Uma tarde de corpo cansado. Pernas débeis que não firmam o próximo passo. Braços que se apóiam por não conseguirem ficar sequer.Parados ao lado do corpo que se atirou na cadeira pequena, apertada, sem lados.
Tarde de sem movimentos. Tarde de detalhes não reconhecidos pela mente que tenta fechar os olhos em busca da desculpa pra fugir em um sonho que cavalgue pra longe.
Tarde de continuar sem conseguir escrever.
Tarde de gostaria estar viajando.
Tarde de não conseguir vigiar.
Mormaço significa não conseguir pensar, mas, ao mesmo tempo, ter várias coisas voando na mente.
Minha tarde hoje é de mormaço
Quando tá tão quente que tu quer ficar parado, deitado num sofá.
Não em uma rede, mas em um sofá. Com almofadas. Abraços de almofadas
Com as janelas e as portas abertas, esperando um pedaço de vento passar.
Se possível, tocando os meus pés.
Pés descalços.
.por rodrigo, de tênis.
Não tem vento e as árvores projetam sombras pequenas. As pessoas se esquivam, se agacham em busca de refúgio. Não encontram um alívio em parte alguma.
Uma tarde de condicionadores de ar e salas brancas. Assépticas. Computadores brilhando nos olhos semicerrados pela claridade que vem de todos os cantos, todos os lados, todos os brancos refletidos.
Uma tarde de corpo cansado. Pernas débeis que não firmam o próximo passo. Braços que se apóiam por não conseguirem ficar sequer.Parados ao lado do corpo que se atirou na cadeira pequena, apertada, sem lados.
Tarde de sem movimentos. Tarde de detalhes não reconhecidos pela mente que tenta fechar os olhos em busca da desculpa pra fugir em um sonho que cavalgue pra longe.
Tarde de continuar sem conseguir escrever.
Tarde de gostaria estar viajando.
Tarde de não conseguir vigiar.
Mormaço significa não conseguir pensar, mas, ao mesmo tempo, ter várias coisas voando na mente.
Minha tarde hoje é de mormaço
Quando tá tão quente que tu quer ficar parado, deitado num sofá.
Não em uma rede, mas em um sofá. Com almofadas. Abraços de almofadas
Com as janelas e as portas abertas, esperando um pedaço de vento passar.
Se possível, tocando os meus pés.
Pés descalços.
.por rodrigo, de tênis.
quarta-feira, dezembro 14, 2005
segunda-feira, dezembro 12, 2005
soturno
entre silêncios
e sussurros
entre o tempo
e segundos
de tudo
fez-se luto
.por rodrigo luiz vianna.
e sussurros
entre o tempo
e segundos
de tudo
fez-se luto
.por rodrigo luiz vianna.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
da série: ainda sem nome?
No quarto escuro;
Vozes no ouvido,
Gemidos
E sussurros calados
Feneceu, enfim
.por rodrigo.
Vozes no ouvido,
Gemidos
E sussurros calados
Feneceu, enfim
.por rodrigo.
segunda-feira, dezembro 05, 2005
alguns amigos, um livro, muitas histórias
quinta-feira, dia 8 de dezembro, será o lançamento da coletânea de contos dos alunos da oficina do Prof. Luiz Antônio de Assis Brasil.
pedirei o autógrafo de grandes amigos, não por serem pessoas que residem no coração, mas por que suas linhas realmente valem a pena.
Emily Nunes,
Gustavo Faraon,
Julia Dantas e
Marcelo Juchen
são os comparsas que se dedicaram por um ano para traçar com mais perfeição os detalhes das vidas que criam, observam, sugerem...
das 19h às 21h, no restaurante Birra e Pasta do Shopping Total...
sábado, dezembro 03, 2005
duas frases, um homem:
"vamos para aquele tempo alegre entre a mentira e o tempo que leva para ela ser descoberta."
"eu não menti, eu fiz ficção com a boca."
Homer Simpson, o único!
"eu não menti, eu fiz ficção com a boca."
Homer Simpson, o único!