quarta-feira, novembro 30, 2005

sob os olhos

Montanhas
Planícies
Espinhos
Ruídos
Neblinas
Casebres
Tolices
Milhares

A magia viaja milhas
Só para te ver sonhar






.por rodrigo.

terça-feira, novembro 29, 2005

sobre ter estado no show do pearl jam

alive quase morri



.por rodrigo luiz vianna.

vou tomar banho

e vou para a cama
por que o gongo soa silêncio
e os sonhos voam zonzos como mosquitos mudos
nas minhas pálpebras prenúncios




.por rodrigo luiz.

quinta-feira, novembro 24, 2005

sempre tropeço

em pedras
palavras
pessoas




.por rodrigo.

terça-feira, novembro 22, 2005

eu

disperso
em versos
espero
um tapete persa
a me sonhar
pra longe
desse deserto
que é só horizonte

.por rodrigo.

passar o tempo

Disperso as horas
Como se fossem dentes-de-leão,
Num assopro,
Num assovio desproposital
Sem pretensão...

Apenas no sorriso,
Passo os sonhos
Como que contando ovelhas
Em detalhes
Para não dormir




.por rodrigo.

segunda-feira, novembro 21, 2005

conversas com o papel

Se sou perverso,
Mais ainda é o verso
Que destrói meu universo

Sem sequer confessar



.por rodrigo.

meianoite

quando o relógio marca meianoite
já não é mais hoje
tão pouco, amanhã

são apenas sinos
e resquícios de velas
além de mães que olham nas janelas

quando o relógio marca de novo as doze
é apenas a meianoite
e nada mais




.por rodrigo.

sexta-feira, novembro 18, 2005

sobre esses dias

o tédio cria blogs!



.por rodrigo, e tenho dito!.

cortar horas

Quero sair correndo
Correr tanto que, sem ao menos eu perceber, decolar para vôos longínquos.
Fugir desta sala cansada de trabalhos e que nunca tira férias.
Descansar a cabeça em diálogos amigos.
Discutir coisas interessantes e afundar o vazio que resta dessa permanência insossa no Departamento.
É impressionante como o tempo gasto numa sala branca pode ser intensamente repetitivo.
Como se cada minuto fosse igual ao anterior. Como se cada segundo fosse igual ao minuto anterior.
Queria lançar-me por ai.
Voar tirando os pés do chão e não permanecer mais com as costas grudadas no couro da cadeira.
Pois, assim, não podem surgir as asas.
E a cabeça não consegue vislumbrar mais que a pequena parte azul do céu. Céu que não sei nem se com nuvens ou não.
E a tela branca cega os olhos e o cérebro.
E os ombros xingam os dedos que não conseguem expressar a sua angústia de um jeito bonito.
Ah, como eu queria pular da sacada e cair na piscina que eu inventei ali embaixo.





.por rodrigo.

e ela disse:

"é, dai eu ia pegar as minhas quarenta camisinhas por quê...

por quê...

bom, deixa assim...

bem, por que eu tinha que trabalhar, neh..."



e meu coração gelou.

frase solta


a princípio, um príncipe pressupõe princípios

.por rodrigo.

quinta-feira, novembro 17, 2005

por que isso é um blog com histórico

Fui, agora, olhar pro passado
Passei um tempo só nisso
Olhei o arquivo que dizia janeiro
Lembrei da praia, de amigos, de beijos
Lembrei tempos
Lembrei sorrisos, lembrei lamentos

Lembrei por lembrar

Pra gastar um pouco das horas
Que não passam aqui no serviço
Mas que passam lá fora
E que eu só vejo
Quando vou embora
E já trocou a estação do ano


.por rodrigo, eu li janeiro, o resto do ano, deixarei pra outra hora.
.recomendo as coisas que a julia escreveu, as usual.
Ele sentou e descansou os olhos na escuridão que reina quando se fecham as pálpebras pesadas sobre as luzes do dia. Pensou triste que algumas vezes o desejo de ajudar torna-se perigoso.
Queria pegar ela no colo e consola-la em segundos, espantando todo o mal pra longe e trazendo o conforto pro seu peito. Mas era muito jovem, e não sabia direito o que ou como fazer.
Na verdade mesmo, não sabe lidar com as lágrimas nos olhos dos outros. Quer secar. Quer acabar com elas, mas não sabe como.
Eis que, então, entra o desespero que acaba com o raciocínio e sufoca o homem, deixando apenas o menino. Bom, todos sabem que os meninos não sabem lidar com sentimentos e que batem nas meninas quando querem nada além de seus beijos.
Assim, a machucou sem perceber que o que fazia era um erro.
Acordou com o medo de quem sente que fez algo que não era pra ter sido feito, mas já era tarde demais.
E, de tanto querer aperta-la contra si para afastar seus medos e criar um escudo contra o tempo ruim que se instalara, não percebeu que a moça agora estava morta em seus braços.
Provavelmente, ela cansou de pedir-lhe que a deixasse ir, mas ele, esquecendo que a chuva é apenas água, a colocou sob seu capote com o rosto voltado contra seu peito. Com seus lábios trancados junto com coração.




.por rodrigo.

quarta-feira, novembro 16, 2005

que proclamação da república, o quê...

Harriet, a tartaruga mais velha do mundo, completa 175 anos

Um dos mais velhos animais vivos do mundo, a tartaruga Harriet, completou 175 anos neste terça-feira (15), na Austrália. O zoológico Austrália, no norte da cidade de Brisbane, onde Harriet passou os últimos 17 anos, diz que a tartaruga gigante da ilha de Galápagos foi capturada pelo pesquisador britânico Charles Darwin em 1835, embora alguns historiadores contestem a versão. Por mais de um século, acreditou-se que Harriet era um macho, chamado Harry. O Guinness, livro dos recordes, considera Harriet a tartaruga mais velha do mundo. (Reuters/Globo Online)


isso sim que vale um feriado nacional!

ela conheceu Darwin, pelamordedeus!!!!!!!!!

sem titulos

1.
a poesia
em si
acena
sempre
pro universo
trancado
no compacto
peito







2.
o passado acena
enquanto sento
sobre meus sonhos
amontoados no canto

e a voz que vocifera
na minhas veias
ensina o silêncio

e o início do momento
diz que a paciência
está acima do tempo







.por rodrigo.

segunda-feira, novembro 14, 2005

ou seja...

life is full of surprises
us people used to say
a vida é cheia de surpresas
em bom português
mas, fora isso,
nenhuma certeza



.por rodrigo.

quarta-feira, novembro 09, 2005

do céu

Caio de um cometa.
De costas, toco o solo.
Ainda olhando pro céu,
Mas já no mundo dos homens,
Percebo que, agora,
Nuvens me separam das estrelas.
Cedo
(Tanto o tempo
Quanto eu),
Percebo que a noite sempre precede o dia






.por rodrigo.

terça-feira, novembro 08, 2005

na linha

Enquanto Uns sobem na corda bamba
Outros se equilibram no meio-fio da padre-chagas
Entre a calçada da fama
E a sarjeta
Que Uns fingem não ver
E que o gari varre

Pra bem longe da TV




.por rodrigo.

sob o lençol de cometas

Pergunte ao pó das estrelas
Quais certezas elas lançarão nos teus olhos
Mas não espere respostas
Apenas esteja exposta ao sopro súbito que elas,
Lancinantes,
Tratarão de tocar-lhe na face





.por rodrigo.

lacan e essas coisas

Para se ter paciência
É preciso uma pá de ciência




.por rodrigo.

sexta-feira, novembro 04, 2005

promíscuo

de promissor, na minha vida, apenas as notas promissorias...


.por rodrigo.

sob

não é meu
esse céu
cego
sem estrelas




.por rodrigo.