segunda-feira, fevereiro 21, 2005

i face the final curtains

Aqui essa sala é muito quente.
Suor e idéias se misturam com as informações sobre seca, algas e carvão.
As horas paradas param de repente e a quantidade de trabalho supera, em segundos, o que não existiu por horas.
Não almoço. Como alguma coisa de tarde. Bolachas ou um salgado que curiosamente custa um real, vale mais que isso.
A água aqui é de graça, seria irônico se não fosse assim.
O Telefone toca a cada cincominutos. Algumas pessoas são muito melhores do que os trabalhos que lhes são designados. As meninas trabalham mais que eu. A correria dos PP é muito maior.
É ruim ser o cara novo. Não saber direito o trabalho, não saber como ajudar.
É estranho. Parece que eu sou o último a saber das coisas, mas isso é só por que eu su o último a saber das coisas.
A barradeespaçodesseteclado não ajuda.
pedi pra trocarem, mas daí, na hora em que o cara da informática veio, o teclado funcionou como que merecendo uma foto na parede em cima da frase “funcionário do mês”.
Virei meu computador. Agora posso ver a minha supervisora de frente. Agora posso entrar no orkut sem que as pessoas vejam.
Agora eu estou sem fazer nada, mas a outra jornalista também está sem fazer nada. Só a minha supervisora nunca pára. Ela nunca pára. Por que ela é a que faz o melhor trabalho. Então sobrecarregam ela.

na janela eu vejo os tanques de decantação da água.
eles parecem piscinas olímpicas.


.por rodrigo, uma piscina, por favor.