leia escutando pj harvey, this mess we're in
The helicopters
O telefone toca quase em silêncio. Soa quase sem voz na manhã quieta, quando nada ou ninguém quer ameaçar desfazer a alvorada. Nem mesmo o vento apareceu, mas o pequeno resto da madrugada deixa o calor ameno. É primavera para as flores e outono para as folhas no chão.
- Can you hear them? The helicopters? I'm in New York.
- No need for words now.
Ela atende ao telefone meio sem jeito, meio sem querer; sem ao menos ouvi-lo tocar. Senta na cama calada e de lençóis desalinhados.
We sit in silence
======
- You look me. In the eye directly.
O som insiste em suspirar baixo alguma canção sóbria de guitarras com pouca distorção e uma súbita poesia de voz feminina.
- You met me. I think it's Wednesday.
- The evening.
As promessas sempre rompem as conversas camufladas de sorrisos.
Night and day.
Alguém sempre se curva para o silêncio, enquanto outros caem como bêbados nas palavras.
- I dream of Making-love. To you now, baby
- Love-making
E os sonhos que se criam soam tão humanos, tão singelos.
- On-screen.
Sonhos que se calam na primeira esquina, receosos de serem cumpridos apenas como promessas. Somem ao depararem-se com o sol que acorda a todos, reluzindo como ouro no céu distante. Tolos que somos ao buscá-lo.
- Impossible dream.
E o que fica com os que ficam?
- And I have seen The sunrise. Over the river
- The freeway.
E os porquês que ecoam e reverberam nas paredes geladas sempre ficam calados de respostas. Sem sequer uma ironia que fosse.
Reminding
====
- What were you wanting?
- I just want to say
====
E, de tudo, sempre ficam os pedidos lançados no chão coberto de poeira; e os verbos rasgados pelos adjetivos que estão sempre ao alcance do punho.
- Don't ever change now, baby
Fora os restos que são largados num canto. Qualquer canto de qualquer quarto. Para fingir esquecimento, fingir que foram embora. Um fingir humano.
- And thank you.
Uma caixa de bilhetes, fotografias, do rótulo da champagne, de esquecimentos. Um armário vazio; de cabides, agora, abandonados.
- I don't think we will meet again.
E se o som continua a soprar os lábios com mentiras na voz tão sua;
And you must leave now,
e se os olhos, quando miramos diretamente o sol, se confundem branqueando tudo que se vê;
before the sunrise.
então, o que fazer com a caixa cheia de perguntas?
====
Assim, o som das nuvens cortadas por helicópteros se fez mais forte um pouco antes do silêncio que nem mesmo o vento ousou desfazer.
Above skyscrapers.
E tudo agora eram frases entrecortadas por um interurbano que
- The sin and
Cabiam apenas em um bolso cavo de paletó
- This mess we're in and
Agora, apenas bobagens superficiais os tocavam.
- The city sun sets over me
.por rodrigo, um texto velho para velhos sentimentos-velhos.
.a música é foda!!!!!!.
.eu amo a pj.
O telefone toca quase em silêncio. Soa quase sem voz na manhã quieta, quando nada ou ninguém quer ameaçar desfazer a alvorada. Nem mesmo o vento apareceu, mas o pequeno resto da madrugada deixa o calor ameno. É primavera para as flores e outono para as folhas no chão.
- Can you hear them? The helicopters? I'm in New York.
- No need for words now.
Ela atende ao telefone meio sem jeito, meio sem querer; sem ao menos ouvi-lo tocar. Senta na cama calada e de lençóis desalinhados.
We sit in silence
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- You look me. In the eye directly.
O som insiste em suspirar baixo alguma canção sóbria de guitarras com pouca distorção e uma súbita poesia de voz feminina.
- You met me. I think it's Wednesday.
- The evening.
As promessas sempre rompem as conversas camufladas de sorrisos.
Night and day.
Alguém sempre se curva para o silêncio, enquanto outros caem como bêbados nas palavras.
- I dream of Making-love. To you now, baby
- Love-making
E os sonhos que se criam soam tão humanos, tão singelos.
- On-screen.
Sonhos que se calam na primeira esquina, receosos de serem cumpridos apenas como promessas. Somem ao depararem-se com o sol que acorda a todos, reluzindo como ouro no céu distante. Tolos que somos ao buscá-lo.
- Impossible dream.
E o que fica com os que ficam?
- And I have seen The sunrise. Over the river
- The freeway.
E os porquês que ecoam e reverberam nas paredes geladas sempre ficam calados de respostas. Sem sequer uma ironia que fosse.
Reminding
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- What were you wanting?
- I just want to say
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E, de tudo, sempre ficam os pedidos lançados no chão coberto de poeira; e os verbos rasgados pelos adjetivos que estão sempre ao alcance do punho.
- Don't ever change now, baby
Fora os restos que são largados num canto. Qualquer canto de qualquer quarto. Para fingir esquecimento, fingir que foram embora. Um fingir humano.
- And thank you.
Uma caixa de bilhetes, fotografias, do rótulo da champagne, de esquecimentos. Um armário vazio; de cabides, agora, abandonados.
- I don't think we will meet again.
E se o som continua a soprar os lábios com mentiras na voz tão sua;
And you must leave now,
e se os olhos, quando miramos diretamente o sol, se confundem branqueando tudo que se vê;
before the sunrise.
então, o que fazer com a caixa cheia de perguntas?
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Assim, o som das nuvens cortadas por helicópteros se fez mais forte um pouco antes do silêncio que nem mesmo o vento ousou desfazer.
Above skyscrapers.
E tudo agora eram frases entrecortadas por um interurbano que
- The sin and
Cabiam apenas em um bolso cavo de paletó
- This mess we're in and
Agora, apenas bobagens superficiais os tocavam.
- The city sun sets over me
.por rodrigo, um texto velho para velhos sentimentos-velhos.
.a música é foda!!!!!!.
.eu amo a pj.
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