quinta-feira, julho 21, 2005

pequena fuga do serviço

Me dirijo à janela
Para sentir o cheiro da chuva
Que chega de mansinho
Sem aviso prévio, motivo ou desculpa...
Apenas vem, sem desatino
E chove.

Minha espera
Agora teve fim
Descanso
Pois sinto o perfume que o céu trouxe
E que cai doce
Na ponta do meu nariz


As nuvens, sempre belas
Pretas, cinzas, brancas
Claras e escuras
Se misturam num sonho absurdo
De desenhos infantis
Com traços soltos
Somados a delírios febris de um jovem mudo


E eu na janela
Respirando
Por fim



.por rodrigo.